quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A nossa poesia 2

I like to watch people walking in the streets
I like to smile at them
I like to watch people in the aeroport meeting their loved ones again
I like the sounds, sounds like the rain, waves, the leaves of autumn under my shoes and the sound of snow in a very cold winter morning
I like smells too
I like the smell of autumn
I like the smell of sweet popcorn
I like the small mosaïqes of Brasil
I like the sun in early spring
I like to have coffee with my friend in a small coffeehouse
I like to stay awake talking or just staying silent
I like to have time in the morning to read bible, have breakfest and drink coffee
I like to visit my friends, have tea and sympathy :)
I like my grandmother who sends me messages in facebook
I like expressons
I like music, at the moment especially Jason Upton
I like to watch windows of big houses when it's dark
I like birds
I like clouds
I like moon
and stars and the northern lights
I like to just talk with people and know what they think
I like when somebody makes me laugh
I like learning to play piano
I like singing, especially with someone
I like benches in parks
I like trainstations
I like you my friend!

I don't like to watch tv with many people
I don't like to say goodbyes
I don't like when I stay too long doing nothing
I don't like when I cannot talk with my friends normally but I have to use internet
I don't like too crowded places
I don't like fights
I don't like when people don't listen to each other
I don't like social differences and how people get used to it
I don't like that it's so hard for people to appreciate what they have
I don't like injustice
I don't like the smell of caju
I don't like to lose my rings
I don't like when I don't have time to stop to talk to people
I don't like that I cannot be with everyone all the time
I don't like wake up after a nightmear
I don't like invitations in facebook
I don't like when the people that I love are sick or worried
I don't like when sometimes my father has stupid opinions that I don't agree
I don't like when somebody says something stupid to another one and I hear it and cannot do anything but see the expressons
I don't like when I hurt people
I don't like how I feel sick easier the older I get
I don't like when people cannot play anymore
I don't like to say GOODBYES

Por: Priscilla Nunes da costa Silva

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A nossa poesia.


FERNANDA ALVES FERREIRA



Amigos
Ter amigos significa não estar só, mesmo quando você se sente só.
Ter amigos significa ter alguém para confiar.
Ter amigos é ter alguém para acreditar em você quando todos não acreditam.
Ter amigos, é ter um tesouro, um tesouro muito precioso.
Então, cuide muito bem do tesouro que você teve a graça de receber, pois em um mundo louco e desajustado como esse, ter amigos é ter tudo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Grandes nomes da poesia brasileira


CECÍLIA MEIRELES

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)


Nascimento:
07/11/1901

Natural:
Rio de Janeiro - RJ

Morte:
09/11/1964



CLARICE LISPECTOR

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Nascimento:
10/12/1920

Natural:
Tchetchelnik - Ucrânia

Morte:
09/12/1977


CARLOS DRUMMOND

(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)

Nascimento:
31/10/1902

Natural:
Itabira - MG

Morte:
17/08/1987


FERREIRA GULAR

"Aqui me tenho
Como não me conheço
nem me quis

sem começo
nem fim

aqui me tenho
sem mim

nada lembro
nem sei

à luz presente
sou apenas um bicho
transparente
(um instante)

Nascimento:
10/09/1930

Natural:
São Luís - MA


GRACILIANO RAMOS

"Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas
com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos
estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,
ainda nos podemos mexer"

Nascimento:
27/10/1892

Natural:
Quebrangulo - AL

Morte:
20/03/1953


JORGE AMANDO

Avô, mesmo que a gente morra, é melhor morrer de repetição na mão, brigando com o coronel, que morrer em cima da terra, debaixo de relho, sem reagir. Mesmo que seja pra morrer nós deve dividir essas terras, tomar elas para gente. Mesmo que seja um dia só que a gente tenha elas, paga a pena de morrer".
(Os Subterrâneos da Liberdade - Agonia da Noite)

Nascimento:
10/08/1912

Natural:
Itabuna - BA

Morte:
06/08/2001


LUIS FERNANDO VERISSIMO

"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda."
(O Gigolô das palavras).

Nascimento:
26/09/1936

Natural:
Porto Alegre - RS


MACHADO DE ASSIS

(...) Assim são as páginas da vida,
como dizia meu filho quando fazia versos,
e acrescentava que as páginas vão
passando umas sobre as outras,
esquecidas apenas lidas.
"Suje-se Gordo!"

Nascimento:
21/06/1839

Natural:
Rio de Janeiro - RJ

Morte:
29/09/1908



MANOEL BANDEIRA

"...o sol tão claro lá fora,
o sol tão claro, Esmeralda,
e em minhalma — anoitecendo."

Nascimento:
19/04/1886

Natural:
Recife - PE

Morte:
13/10/1968


RACHEL DE QUEIROZ

"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."

Nascimento:
17/11/1910

Natural:
Fortaleza - CE

Morte:
04/11/2003


VINICIUS DE MORAES

"São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher..."
Nascimento:
19/10/1913

Natural:
Rio de Janeiro - RJ

Morte:
09/07/1980

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meu desejo



Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta....


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito.


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!


Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!

Alvarez de Azevedo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Poesia




Poesia é a forma de expressão lingüística destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de sons, ritmos e harmonias, utilizando-se vocábulos essencialmente metafóricos.


A poesia surgiu intimamente ligada à música. A poesia dos aedos gregos e trovadores medievais promoviam a união entre a letra do poema e o som. Ao longo dos anos, este vínculo foi se intensificando, mas houve uma distinção técnica entre a música (que passou a ser escrita em pautas) e a poesia que preservou a rítmica natural, e passou a ser construída por meios gramaticais. Posteriormente, a poesia ganhou fundamentos e regras próprias.

Existe alguma divergência entre o que significa Poema e Poesia. Para efeito geral, considera-se que são sinônimos; mas para a definição acadêmica, Poesia é o gênero de composição poética e Poema é a obra deste gênero.

Para que entendamos melhor, vejamos a definição de Poema segundo o eminente escritor, Assis Brasil

"Poema é o "objeto" poético, o texto onde a poesia se realiza, é uma forma, como o soneto que tem dois quartetos e dois tercetos, ou quatorze versos juntos, como é conhecido o soneto inglês. Um poema seria distinto de um texto ou estrofes. Quando essa nomenclatura definitiva é eliminada, passando um texto a ser apresentado em forma de linhas corridas, como usualmente se conhece a prosa, então se pode falar em poema-em-prosa, desde que tal texto (numa identificação sumária e mecânica) apresente um mundo mais "poético", ou seja, mais expressivo, menos referente à realidade. A distinção se torna por vezes complexa. (...) a poesia pode estar presente quer no poema que é feito com um certo número de versos, quer num texto em prosa, este adquirindo a qualidade poema-em-prosa".

Já Poesia, Assis Brasil define assim:

"(...) uma manifestação cultural, criativa, expressiva do homem. Não se trata de um 'estado emotivo', do deslumbre de um pôr-do-sol ou de uma dor-de-cotovelo; é muito mais do que isso, é uma forma de conhecimento intuitivo, nunca podendo ser confundido o termo poesia com outro correlato: o poema".


A poesia se divide em três gêneros: Épico, Lírico e Dramático.

Platão foi o primeiro autor a se preocupar em separar as obras literárias em três gêneros:



  • Tragédia e comédia (teatro);

  • Poesia lírica, ou ditirambo;

  • Poesia épica.

Este conceito foi adotado na civilização greco-romana e se estendeu até o Renascimento, onde houve uma super valorização da produção da Antigüidade. Platão acreditava que os gêneros pré-existiam aos autores, e cada segmento possuía regras próprias que deviam ser obedecidas rigorosamente, não havendo portanto, influência de um gênero sobre o outro. Porém, no século XIX os autores românticos romperam os limites dos gêneros imutáveis, e adotaram os gêneros comunicantes, resultando na criação de novos segmentos como o drama.


Neste caso, os gêneros eram adaptados às espécies (formas) que lhes eram mais adequados a própria expressão, sendo em prosa ou verso. O épico, narrativo e grandioso, exigia versos maiores e solenes. O lírico, às vezes tranqüilo, outras vezes intempestivo, adequava-se a forma de poemas pequenos e graciosos, ou maiores e mais densos.


O Gênero Lírico


A palavra lírico vem do latim, que significa lira; instrumento musical usado para acompanhar as canções dos poetas da Grécia antiga, e retomado na Idade Média pelos trovadores.


Pode-se dizer que o gênero lírico é a expressão do sentimento pessoal. "É a maneira como a alma, com seus juízos subjetivos, alegrias e admirações, dores e sensações, toma consciência de si mesma no âmago deste conteúdo" (Hegel).


De fato, o poeta lírico é o indivíduo isolado que se interessa somente pelos estados da alma. É aquele que se preocupa demasiadamente com as próprias sensações voltado para si. O universo exterior só é considerado quando existe uma identificação, ou é passível de ser interiorizado pelo poeta.



O Gênero Épico


O termo Épico vem do grego Epos, narrativa ou recitação. A poesia épica nasceu no Ocidente com Homero, poeta grego autor do que seria os primeiros modelos deste gênero: Ilíada e a Odisséia.


Na Idade Média, principalmente entre os séculos XII à XIV, surgiram várias narrativas que afastavam-se dos padrões clássicos. Eram inspirados em façanhas de guerra da cavalaria andante. Os mais conhecidos são: a Canção de Rolando, o Romance de Alexandre e os Romances da Távola Redonda.



O Gênero Dramático


No poema dramático, a história é contada através das falas dos personagens. As peças de teatro escritas em verso constituem forma de poesia dramática. Em sentido amplo, também pode ser considerado um exemplo o Caso do Vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Através de uma suposta conversa entre mãe e filhas, o leitor acompanha uma história de amor e traição e tem os elementos para reconstituir o caráter e os sentimentos dos personagens principais.



Poesia Lírica:


De Joelhos.


Não sabes, De joelhos, que pena
Eu teria se - morena
Tu fosses em vez de De joelhos!
Talvez... Quem sabe?... não digo...
Mas refletindo comigo
Talvez nem tanto te amara!


A tua cor é mimosa,
Brilha mais da face a rosa,
Tem mais graça a boca breve.
O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És De joelhos da cor da neve!


A morena é predileta,
Mas a De joelhos é do poeta:
Assim se pintam arcanjos.
Qualquer, encantos encerra,
Mas a morena é da terra
Enquanto a De joelhos é dos anjos!


Mulher morena é ardente:
Prende o amante demente
Nos fios do seu cabelo;
- A De joelhos é sempre mais fria,
Mas dá-me licença um dia
Que eu vou arder no teu gelo!


A cor morena é bonita,
Mas nada, nada te imita
Nem mesmo sequer de leve.
- O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És De joelhos da cor da neve!


(Casimiro de Abreu)






Poesia Épica:




Canto I (Parte I)-Os lusíadas.


Parte 9
Inclinai por um pouco a majestade
Que nesse tenro gesto vos contemplo,
Que já se mostra qual na inteira idade,
Quando subindo ireis ao eterno Templo;
Os olhos da real benignidade
Ponde no chão: vereis um novo exemplo
De amor dos pátrios feitos valerosos,
Em versos divulgado numerosos.


(Luís Vaz de Camões)



Poesia:


As sem-razões do amor


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.



(Carlos Drummond de Andrade)